segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dura praxis, sed praxis


Há muito tempo que pondero escrever este post, mas depois da praxe de hoje, resolvi escreve-lo.


Acho que a praxe não deve ser uma imposição e para tal existe uma declaração anti-praxe e respeito quem não goste destas “brincadeiras”, mas não entendo porque há pessoas que não gostam das praxes, dizem mal das praxes e depois querem trajar e até praxar. Se não gostam porque é que querem tanto o traje?


Ainda se as nossas praxes fossem como em outras faculdade em que os caloiros andam a rebolar em estrume, enchem até cair para o lado, são baptizados com águas com mistura de cerveja, “xixi” e outras coisas afins… mas não, as nossas praxes não passam de brincadeiras divertidas e não sei como é possível dizer mal delas:


Ohh não! Uma rata amarela, fogo são mesmo más! (Estou a ser irónica) não sei qual é o problema das nossas praxes? E as nossas doutoras sempre preocupadas se estamos bem! Se calhar se fossem outras não se preocupavam. Ou talvez se fossem mais duras gostassem mais e veriam o que é praxes à séria.


Quando tinha 4 a 5 anos vi uma pessoa trajada e perguntei a minha mãe porque é que tinha aquela roupa vestida. Então ela respondeu-me que era uma roupa que se vestia na universidade e que só a poderia vestir se algum dia entrasse numa. Ao que eu respondi a minha mãe, um dia ainda vou vestir aquela roupa. E esse dia está agora muito perto e, cada vez a ansiedade é maior.


Quando entrei na ESELx o primeiro dia de praxe foi um choque, pois nesse dia fizemos muito esforço físico e com medo de ser posta à parte não falei sobre o meu problema de saúde. Quando cheguei a casa estava mesmo muito mal, febre, sangue do nariz, etc, as habituais consequências do meu problema e, senti-me muito infeliz, pois queria ser igual a todas as minhas colegas, ser praxada, trajar e poder praxar.


A minha mãe não me queria deixar ir as praxes nos dias seguintes, mas quando eu quero muito uma coisa, não há quem me demova.


E lá fui e após ter falado do meu problema às doutoras elas compreenderam e a partir daí fiz tudo até ao meu limite e por vezes até ultrapasso o limite, mas eu adoro mesmo a praxe!


Eu penso que o traje não é um bem adquirido, mas sim merecido! Vou ter muito orgulho quando poder trajar, pois acho que mereço vestir e honrar o traje académico. Quando fui comprar o traje chorei e perguntam vocês porque é que chorei? Só quem veste o traje e sente orgulho nele tem esse sentimento e ainda não o vesti oficialmente, quando o vestir lá vou chorar novamente como uma Madalena arrependida.

5 comentários:

  1. "Eu penso que o traje não é um bem adquirido, mas sim merecido!"

    Adorei esta frase xD A vossa turma devia ver este post LOOOL

    Vestir o traje, como a Amo você disse hoje, é um momento do caraças:p É uma sensação de poder, de orgulho e de respeito ao mesmo tempo!
    É uma saia que nos fica mal, é uma capa que se torna quentíssima no verão, são uns sapatos que no início magoam os pés e fazem ferida, são as meias que se rompem a toda a toda e todo o momento...e é um orgulho vesti-lo!

    Tenho a certeza que o vais honrar quando chegar a hora de vesti-lo.

    Bjinhos Caloirinha*

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  2. só um pequeno pormenor, eu não chorei ao vestir o traje porque raramente choro com essas coisas, mas não foi por não chorar que dou menos valor ... !

    falando já do teu post :p

    foi como eu já disse ... qualquer pessoa tem acesso a comprar o traje, seja novo, velho, magro, gordo, baixo ou alto.
    nem precisa de se andar na faculdade para se comprar o traje ... !

    mas não é por se comprar que se merece.
    para se merecer é necessário passar por um processo a que normalmente se chamam PRAXES!

    concordo contigo que existe quem não goste das praxes e compreendo essas pessoas, também há muitas coisas por aí que eu não gosto e ninguém me pode obrigar a gostar.

    não nascemos todos iguais e não temos de gostar todos do mesmo!

    provavelmente nem todas as pessoas gostarão da mesma banda que eu ou do mesmo desporto.

    estar envolvido na vida académica é uma escolha de cada um, ou se está, ou não se está, na minha opinião não existe um meio termo.
    ou se gosta, se participa e se honra, ou então não se gosta (tudo bem), agora dizer mal de praxes e depois querer praxar é algo digamos que, estranho!

    à semelhança de ti, sempre que falava na faculdade com alguém referia duas coisas essencialmente, traje (praxes) e tuna!
    não entrei para a tuna (nem deverei entrar) mas o traje é algo que darei sempre valor.

    posso nem sempre estar a falar desse assunto, posso não mostrar a mesma ânsia que vocês, mas acho que já dei provas sufecientes (basicamente dar 1001 ideias para praxes) de que estou naquilo a 100%! simplesmente não mostro tanto! (deus queira que dia 30 o traje me sirva, senão tou feita ao bife :p)

    enfim ... penso que nesta recta final algumas pessoas deviam reflectir num sítio bem calmo e ponderar se realmente a sua atitude durante todo o ano de caloiro foi a mais adequada para poderem dizer que vestem o traje com toda a honra que ele merece!

    (para que não existam mal-entendidos não me refiro a ninguém em especial, nem tenho ninguém na minha mente, apenas exprimi as ideias gerais do que penso! o texto da tânia e este meu comentário serve para quem achar que se lhe adequa, isso fica na consciência de cada um!)

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  3. O que é q se pode dizer qd se tem caloiras assim? Isso mesmo, que são o máximo e o nosso orgulho.

    Tenho pena, mt pena que haja quem pense naquilo apenas cmo mais uma peça de roupa... Se é assim n vale mesmo a pena.

    O teu dia vai chegar e vai ser mt mt merecido ;)

    Bjinho
    Doutora Cláudia***

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  4. Vou ter um orgulho enorme em ser a 50ª pessoa a traçar-te a capa.

    Acho que não preciso de dizer mais nada.

    Beijinhos, Eu Amo Você

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  5. Muitissimo bem dito caloira!

    É preciso passar por dificuldades para dar valor às coisas boas!
    É preciso chorar para aprender a rir.
    ...
    É preciso ver o orgulho das doutoras, que passaram por pior que voces (sim, pq nós sms mt boazinhas) no seu traje, para ter orgulho em trajar!
    E é preciso ser praxada para saber praxar!

    Com todo o respeito por quem não gosta destas coisas... e prefere não ter vida académica. Como é obvio.

    São coisas da vida das quais nao me arrependo... e tenho muito orgulho em chegar onde cheguei, e sei que voces tambem ficarão muito orgulhosas de voces quando analisarem tudo de bom que as praxes vos trouxeram... amizades eternas, diversao e muito mais!

    E o traje pah... o traje é do melhor que ha! :D

    **

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